Public Project
morning rituals
One of the hardest parts of the quarantine for me is to spend all my energy, cause if I don't, anxiety kicks in, and that it is no good. Also to take good care of my body, not for aesthetics reasons, but cause I truly believe my real home is my body, and I need it for the kind of life I live. I am indeed my dad's daughter, I can not stop, I'm always doing something, and above all, I'm always outside, mostly in the wild.
I've been shooting my yoga practices for a while now, as a way to keep track of my posture, what I'm doing right or wrong and what I need to fix to keep improving. But now, with the limitations of the walls of my bedroom, how to not get demotivated, how to keep going if sometimes it seems there is no point, especially after one year of Covid-19.
Photography has been my lifetime partner, always helps me to look carefully, observe with tender eyes the beauty of life. Helps me to comprehend this craziness we call life, shows me how fortunate I am, just because I have the possibility to see the little things in life, to be able to recognize them and feel them.
Morning rituals because I really believe at the sunrise all the possibilities stand in front of us, all the strength to keep going is right there, just depends on how your day starts, of how we let the sunshine in. And maybe that's why I am a morning person.
(port)
Rituais matinais é um ensaio fotográfico sobre como mantenho minha rotina mesmo durante a pandemia, uma ferramenta para me ajudar a descobrir a beleza contida em minhas manhãs. Uma forma de me inspirar, de começar o dia com o pé direito, de me encher de esperança. Tenho tantas saudades do mundo lá fora, da natureza, das minhas longas caminhadas, das minhas viagens, da minha vida cigana. Mudanças não são fáceis, mas pior é encaixaramos, quando nos sentimos deslocados.
Para mim, uma das coisas mais difíceis da quarentena é gastar toda a minha energia acumulada, porque se eu não fizer isso, a ansiedade me pega, e isso não é bom. Também para cuidar do meu corpo, não por vaidade, mas porque eu realmente acredito que a minha casa, o meu lar é meu corpo, e eu preciso dele para o tipo de vida que vivo. Eu sou mesmo filha do meu pai, não paro um minuto, estou sempre fazendo alguma coisa e, acima de tudo, estou sempre fora, principalmente no mato.
Fotografo as minhas práticas de ioga já tem um tempo, fazia para verificar a minha postura, o que estou fazendo de certo ou o que faço errado e o que precisava consertar até para que pudesse melhorar. Mas agora, com as paredes do meu quarto me limitando, como não ficar desmotivada, como continuar se às vezes parece que não adianta, principalmente depois de um ano de Covid-19.
A fotografia tem sido minha parceira de vida, sempre me ajuda a olhar com mais atenção, a observar com mais ternura a beleza da vida. Ela sempre me ajuda a compreender esta loucura que chamamos de vida, ela me mostra como sou sortuda, pela simples possibilidade que tenho de poder ver as pequenas coisas da vida, de poder reconhecê-las e senti-las.
Rituais matinais porque eu realmente acredito que ao nascer do sol, todas as possibilidades se colocam à nossa frente, toda a força para continuar está aí, só depende de como começamos o nosso dia. De como deixamos o sol entrar, iluminar. E talvez seja por isso que eu seja uma pessoa que madruga.
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