Public Project
empty streets, lived space
This essay is not exactly a record about the metropolis of São Paulo, with more than 12 million inhabitants, during the quarantine period, but above all an opportunity to photographically explore an old desire to reflect on the space itself – stage and actor simultaneously – in this complex city in a country on the periphery of capitalism. By eliminating the human element, an inevitable attraction for the eyes, the streets become silent and with attention, one can hear the whisper of the multiple layers of temporalities built and rebuilt on top of each other in an uninterrupted process through the past decades.
São Paulo grew explosively during the 20th century and in the process erased and muted its memory in the name of a modernity never fully achieved. When we remove this social dynamic (flows) what we have is the static materiality (fixes) built but, as the brazilian geographer Milton Santos (The Nature of Space) observes, this is the territorial configuration and not yet the space itself.
Recolho – Cidade vazia, espaço vivido
Esse ensaio não é exatamente um registro sobre a metrópole de São Paulo, com mais de 12 milhões de habitantes, durante o período de quarentena, mas antes de tudo uma ocasião de explorar fotograficamente um antigo desejo de refletir sobre o espaço mesmo – palco e simultaneamente ator – nessa cidade complexa num país da periferia do capitalismo. Ao eliminar o elemento humano, inevitável atração para os olhos, as ruas silenciam e com atenção, pode-se ouvir o sussurro das múltiplas camadas de temporalidades construídas e reconstruídas umas sobre as outras num processo ininterrupto através das décadas.
São Paulo cresceu de forma explosiva durante o século XX e nesse processo apagou e sufocou sua memória em nome de uma modernidade nunca plenamente alcançada. Ao retirarmos essa dinâmica (os fluxos) o que temos é a materialidade estática (os fixos) construída, ainda assim, como observa o geógrafo Milton Santos (A Natureza do Espaço), esta é a configuração territorial e não o espaço em si.
Esse ensaio não é exatamente um registro sobre a metrópole de São Paulo, com mais de 12 milhões de habitantes, durante o período de quarentena, mas antes de tudo uma ocasião de explorar fotograficamente um antigo desejo de refletir sobre o espaço mesmo – palco e simultaneamente ator – nessa cidade complexa num país da periferia do capitalismo. Ao eliminar o elemento humano, inevitável atração para os olhos, as ruas silenciam e com atenção, pode-se ouvir o sussurro das múltiplas camadas de temporalidades construídas e reconstruídas umas sobre as outras num processo ininterrupto através das décadas.
São Paulo cresceu de forma explosiva durante o século XX e nesse processo apagou e sufocou sua memória em nome de uma modernidade nunca plenamente alcançada. Ao retirarmos essa dinâmica (os fluxos) o que temos é a materialidade estática (os fixos) construída, ainda assim, como observa o geógrafo Milton Santos (A Natureza do Espaço), esta é a configuração territorial e não o espaço em si.
62,014