Alinne Rezende

visual storyteller / photojournalist
  
News
Photography and the repeatability in the post-digital era
alinne rezende
Feb 21, 2019

Do you know that famous and old “déjà vu”? Yes, déjà vu! That feeling you’ve seen it before? In the post-digital era, where we are images chasing images, where we post around 1.8 billion photos per day on social networks, it goes without saying that repeatability is inherent. But what will be the consequences of this repetitiveness in the visual language?

A shape when submitted to an endless repetition leads to what Ina Blom called “boredom”, this repetition goes from one moment to the following, leading to forgetfulness. The form dissolves in the repetition. The images appear on the screen one after the other at an avid rate and the actual image becomes more superfluous due to the programming of the machine that produces, reproduces and distributes those images, it is precisely this uninterrupted repetition that leads to oblivion.

Photography that used to be a “real-world” representation becomes a “display-world” representation, where, imagination is the ability to separate yourself from the environment and create an image of it, while the representation refers to the ability to turn a swarm of possibilities into an image. The human being is the only animal that needs to create symbols to decrease the distance between himself and the world, he must assign to the “world” a meaning. “Selfies” are a clear example of this need for individual self-affirmation towards the social networks, as well as repeatability. The criticism level is reduced to a minimum, often that “screen-image” was produced without any political or aesthetic engagement; it is only an index of superficial meanings.

We still don’t know what would be the consequences of this excessive repeatability, meanwhile we hope for a (re)evolution of the photographic language. When would we stop copying the symbols or assemble them into our photographic indexes, with nothing more than a shallow content, following the aesthetics standards, looking only for social inclusion? When would we stop portraying people as if they were objects and start turning them into people capable of producing meanings? When would we stop consuming by osmosis without falling in the forgetfulness? It’s only up to us to know from where and when the revolution will come, as the opposite of life is not death, but repetition.


* * * 

Article originally posted in Portuguese at Revista Old"Š—"Šhttp://revistaold.com/blog/fotografia-e-a-repetibilidade-na-era-pos-digital/


Fotografia e a repetibilidade na era pós-digital


Sabe aquele famoso e velho déjà vu? Sim déjà vu! Aquela sensação de que já viu aquilo antes. Na era pós-digital, onde todos nós somos imagens correndo atrás de imagens, onde postamos cerca de 1,8 billhões de imagens por dia nas redes sociais, é claro que a repetibilidade está intrínseca. Mas qual será a consequência dessa repetitividade na linguagem visual?

Uma forma quando submetida a uma repetição interminável leva ao que Ina Blom chama de “tédio”, essa repetição que vai de um momento ao outro, acarretando o esquecimento. A forma se dissolve na repetição. As imagens aparecem na tela uma atrás da outra em uma velocidade voraz e o próprio produtor de imagens passa a ser mais supérfluo devido à automatização do aparelho que produz, reproduz e distribui essas imagens. É justamente essa repetição infinita que leva necessariamente ao esquecimento.

A fotografia passa de representação do mundo real para a representação do mundo da visualização. A imaginação é a habilidade de separar-se do ambiente e criar uma imagem dele, enquanto visualização refere à habilidade de transformar um enxame de possibilidades em uma imagem. O ser humano é o único animal que precisa criar símbolos para diminuir a distância entre ele próprio e o mundo, ele precisa atribuir ao “mundo” um significado. Populares, os “selfies” são um exemplo claro da necessidade de auto-afirmação do indivíduo perante as redes sociais, assim como o são, de repetibilidade . O nível do criticismo é reduzido ao mínimo, muitas das vezes, essa imagem provinda da tela, não foi transmitida com um engajamento político ou estético, ou seja, um índice de significados superficiais.

Ainda não sabemos, quais serão as consequências provindas dessa repetibilidade excessiva, enquanto isso ainda esperamos a (re)evolução da linguagem fotográfica. Quando deixaremos de copiar os símbolos ou agregá-lôs em nossos índices, com um conteúdo razo, seguindo os patrões estéticos superficialmente apenas com intuíto de inserção social? Quando deixaremos de retratar pessoas como objetos e transformá-las em pessoas projetistas de significados? Quando deixaremos de consumir imagens por osmose sem cairmos no esquecimento? Cabe sabermos de onde virá a revolução, já que o oposto da vida não é a morte, e sim, a repetição.


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Texto publicado originalmente no blog da Revista Old"Š—"Šhttp://revistaold.com/blog/fotografia-e-a-repetibilidade-na-era-pos-digital/


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